quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Uso de Tecnologia na Superliga está cada vez mais próximo

O tempo passa e a utilização da tecnologia no vôlei se torna cada vez mais necessária. Alguns campeonatos
já adotaram o uso como o caso do Campeonato Polonês que é o único do mundo a utilizar o challenge (ou desafio), mecanismo que possibilita que uma das equipes peça a revisão do lance.  A ferramenta também foi usada como teste no Mundial Interclubes e teve aprovação geral.

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) está ciente dessa necessidade e garante que tem a intenção de implementar a tecnologia no esporte.

“Sou totalmente favorável e acredito que seja um caminho sem volta. Já fizemos contato com a empresa polonesa, responsável pela fabricação deste equipamento, mas ainda não tivemos retorno. O que sabemos é que trata-se de um alto investimento, já que seriam necessárias 16 câmeras de alta resolução instaladas em todos os ginásios do país. No entanto, acho que também não teríamos dificuldades em encontrar parceiros para arcar com esses custos”, comenta Renato D´Ávila, superintendente da CBV.

Renato esteve presente no Mundial de Doha onde a tecnologia foi testada e pôde conversar, pessoalmente, com os responsáveis pela criação do programa.

“Tive a oportunidade de aprender, com alguns cientistas, que a velocidade de um objeto, como uma bola de vôlei, não é possível de ser captada pelo olho humano, em muios momento. De acordo com a velocidade e o ângulo do árbitro, fica impossível determinar uma jogada. A tecnologia possibilita que o olho humano tenha sua capacidade de definição multiplicada por cinco. Em algum momento, vamos incorporar esse equipamento. Mas não posso precisar quando”, garante D´Ávila.

Carlos Rios, presidente da Comissão Brasileira de Arbitragem de Voleibol (Cobrav) garante que a utilização pode estar mais próxima do que se imagina.

“O Ary Graça, ex-presidente da CBV e atual presidente da FIVB é a favor do uso da tecnologia e a ordem que foi dada é para o seu uso, o quanto antes. A intenção é colocar o challenge no campeonato nas semifinais e finais. A ferramento não é mal vista pela arbitragem, pelo contrário. Sabemos das limitações do ser humano em acertar tudo quando se fala de um esporte tão rápido como o vôlei. Quando um time é prejudicado, um culpado é procurado rapidamente e isso cai por terra com o challenge. Sua utilização vai ajudar não somente os árbitros, como as equipes, jogadores e treinadores. É um elemento essencial para a realidade do vôlei moderno de hoje”, comenta Rios.

CBV já testa outra ferramenta

Um outro equipamento tecnológico já está em teste pela CBV. No entanto, ele detecta apenas as bolas que vão dentro ou fora. “É um software que tem o suporte de quatro câmeras, que está em desenvolvimento há sete anos. Já fizemos diversos testes e o último, definitivo, está prestes a ser feito junto ao IMI, um órgão que emite um certificado de aprovação para a utilização”, destaca Renato D´Ávila.

A tecnologia já foi testada na pratica no jogo entre São Bernardo e Vôlei Futuro pela 1ª Rodada do segundo turno mas seu alto custo e algumas deficiências como não acusar toques da bola nos dedos dos bloqueadores foram alvo de criticas por alguns dirigentes da CBV.

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