sábado, 19 de janeiro de 2013

CUBA: Mais um passo rumo a liberdade!


Uma lei migratória que permite aos cubanos, pela primeira vez em meio século, viajar ao exterior sem pedir permissão ao governo, entrou em vigor nesta segunda-feira em Cuba em meio a grandes expectativas da população e ao ceticismo dos dissidentes.

A lei, em vigor desde as 00h00 locais (03h00 de Brasília) desta segunda-feira (14/1), estabelece que agora todos os cubanos podem viajar para fora do país se tiverem um passaporte válido, já que deixaram de ser necessários o visto de saída, ou "cartão branco", e a carta de convite de alguém do exterior.

"Com a entrada em vigor hoje da atualização de sua política migratória, Cuba deu mais um passo para fazer com que os movimentos migratórios ocorram de forma legal, ordenada e segura", disse nesta segunda-feira o jornal oficial Granma.


A lei migratória é uma das mais revolucionárias reformas introduzidas pelo presidente Raúl Castro desde que substituiu no comando seu irmão doente Fidel, que impôs restrições para sair da ilha em 1961, em meio a grandes tensões com os Estados Unidos, no auge da Guerra Fria.

A reforma também beneficia quase dois milhões de emigrados cubanos, que já não terão que passar por longos trâmites para visitar Cuba, incluindo os atletas e profissionais que desertaram em giros ao exterior ou que escaparam da ilha.

Estrelas esportivas de Cuba ainda não terão liberdade de viajar
"Os profissionais que são considerados essenciais, técnicos, atletas, e (Partido Comunista) funcionários e líderes" foram informados de que eles ainda enfrentam restrições sobre as viagens ao exterior, disse Lamberto Fraga, o vice-chefe de Imigração e Nacionalidade, Eles vão precisar de uma autorização especial.

"Este grupo de pessoas vai ser dito porque eles não podem deixar o país, e eles provavelmente entendem que eles são essenciais, o que deve manter-se de ir buscar um passaporte, a menos que tenham autorização" para viajar ao exterior, Fraga disse na televisão estatal.

O governo justifica estas restrições afirmando que os EUA e Europa propiciam há décadas a fuga de cérebros e deserções de astros do esporte da única nação comunista do Ocidente, que é uma potência esportiva regional e que alcançou a 16ª posição no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Londres, o melhor resultado da América Latina e do Caribe.
Nos últimos anos, mais de 30 atletas de elite desertaram durante torneios no exterior ou escaparam da ilha, entre eles o campeão de boxe Guillermo Rigondeaux, além de vários jogadores de beisebol, vôlei e basquete.
Fonte: Volleywood/Carta Capital/Istoé/France24

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